O Dia Nacional da Araucária foi criado em 2005, através de decreto presidencial. A Araucaria angustifolia, nome científico, é nossa árvore mais conhecida. É uma espécie nativa do Brasil, chamada de pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-paraná, com ocorrência principal nas regiões serranas frias e úmidas do sul e do sudeste, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. É a árvore símbolo do Paraná.
Existe há cerca de 200 milhões de anos e, apesar de ter vida média estimada em 700 anos, encontra-se sob ameaça de extinção devido, principalmente, à conversão do uso do solo ao longo do séc XX. A Portaria MMA nº 148, de 7 de junho de 2022, indica a espécie na categoria ‘em perigo’ na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Segundo pesquisas recentes, cerca de 95% da mata original de araucárias foi convertida para outros usos, tornando a espécie vulnerável e ao mesmo tempo altamente protegida.
A árvore mede, na fase adulta, entre 20 a 50 m e possui diâmetro entre 90 a 180 cm. O formato de cálice de sua copa é único entre as espécies nativas brasileiras e destaca-se por sua retidão do tronco e sua copa dominante. É uma das espécies brasileiras com maior potencial de crescimento com uso na silvicultura, no paisagismo e na recomposição de matas ciliares.
A espécie apresenta elevado valor econômico, social e ambiental. A madeira, de excelente qualidade, foi especialmente usada na fabricação de caixas/caixotes, ripas, lápis, pranchas, palitos de fósforo, tábua de alto valor agregado e lâminas para compensado. No passado um dos seus principais usos foi na fabricação de papel de alta resistência e atributo. O nó de pinho possui alto poder calorífico e é muito utilizado para produção de carvão ativado. A resina permite a produção de alcatrão e óleos essenciais.
O pinhão, sua semente, tem alto valor nutricional e participa de forma importante na cultura gastronômica nas regiões onde ocorre. Geralmente, a produção da pinha tem início aos 16 anos. As mudas de pinheiro enxertado apresentam produção precoce e alta produtividade, já a partir do 4º ano de vida com até 12 vezes mais pinhas, com o dobro do peso cada. Esse avanço genético é um aliado na valorização econômica da espécie, contribuindo para a sua conservação.
Diversas espécies da fauna brasileira se alimentam dos pinhões da Araucária, com destaque a gralha azul (Cyanocorax caeruleus), ave-símbolo do Paraná, que habita principalmente a Mata de Araucária, ao esconder as sementes no solo, contribui para a disseminação natural da espécie.
📌 Principais Marcos Legais relacionados ao Uso e Proteção da Araucária:
– Resolução 278/2001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente: proibiu o manejo da Araucária, por meio da suspensão das autorizações concedidas para corte e exploração de espécies ameaçadas do bioma Mata Atlântica.
– Lei Estadual 15.167/2010: cria o Programa de Reflorestamento do Pinheiro Brasileiro em Santa Catarina.
– Lei Estadual 18.477/2015: foi um dos instrumentos criados para garantir a preservação da espécie no Paraná.
– Lei 20.223/2020: definiu regras de estímulo, plantio e exploração da Araucária, com garantias para o produtor colher as árvores plantadas.
– Portaria MMA nº 148, de 7 de Junho de 2022: alterou os Anexos de Portarias anteriores (MMA 443/2014, 444/2014, e 445/2014), confirmando a Araucária como espécie em perigo na atualização da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção.
– Trabalhos Técnicos elaborados pela equipe de Consultores da STCP.
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Fontes: https://www.embrapa.br/ https://florestalbrasil.com/