Joésio Siqueira, vice-presidente da STCP, palestrou no Wood Forest Experts – WFE, programa de imersão no mercado florestal e na indústria da madeira. A jornada online conta com seis encontros semanais e a participação de 30 experts e formadores de opinião.
O painel de hoje ‘Oferta e Demanda | Visão dos Consultores’ abordou as projeções mercadológicas e o comportamento do mercado nacional nas diferentes regiões do país, com a presença das principais consultorias que atuam no mercado brasileiro.
Joésio compartilhou sua experiência no tema ‘Oferta e demanda de matéria-prima nas regiões nordeste e norte’. Revelou no painel os principais destaques do setor Florestal nessas regiões e demonstrou as principais cadeias produtivas da bioeconomia da Amazônia incluindo produtos florestais madeireiros, não-madeireiros, serviços e outros temas de importância como ecoturismo, carbono, entre outros. “A alavancagem de bionegócios na Amazônia requer orientar/adaptar a estrutura produtiva atual, estimulando a organização das cadeias produtivas através de políticas públicas inovadoras e eficientes (‘lições aprendidas’) e o estabelecimento de parcerias entre os setores público-privado, em torno de políticas adequadas de uso racional e sustentável dos recursos (capital natural, econômico e social)”, comenta Joésio.
Na demanda da madeira, Joésio aponta os principais players do setor florestal nas regiões Norte e Nordeste e cita o ‘desbalanço’ nesses mercados que apresentam uma tendência de queda na oferta, com uma demanda latente. Por sua vez, afirma Joésio, “possuem um grande potencial que pode ser alavancado por meio da oferta de madeira e desenvolvimento do mercado consumidor”.
Joésio finaliza contextualizando as oportunidades e desafios mercadológicos no país e nas regiões em destaque por conta, principalmente, da queda de cerca de 50% na quantidade extraída de madeira em tora, que representou apenas em 2019 uma redução na receita de 26%… “Como buscar um equilíbrio de mercado que permita a prática de preços justos, com segurança jurídica e que remunere o produtor (pequeno e médio em especial) permitindo um retorno adequado, e que contemple de forma efetiva, a mobilização e o uso da terra na sua composição de custos”. Para tanto, enfatizou, que este é o momento do Setor Florestal realizar seu RETROFIT nas áreas de silvicultura, indústria, mercado, marco regulatório e na sua representatividade como forma de melhorar o desempenho do Setor como um todo.