A 4ª edição do Congresso Brasileiro de Eucalipto – CBE discutiu propostas e soluções para os principais desafios que afetam o setor florestal brasileiro, tendo como tema central “uso múltiplo sustentável“ do recurso florestal.
Na palestra de abertura do evento, Joésio Siqueira, vice presidente da STCP, apresentou informações do setor mostrando que a área com florestas plantadas representa menos de 1% do território nacional, mas responde por 86% da produção de madeira industrial no Brasil (259 MM m³/ano).
A produtividade florestal no Brasil é referência mundial e possui alto fator de competitividade para a produção florestal. No entanto, parece haver um declínio de aproximadamente 1% ao ano na produtividade florestal no Brasil, o que exigirá maior esforço dos silvicultores para frear ou recuperar os índices anteriormente praticados. O volume total da produção de madeira em tora no país reduziu nos últimos 30 anos.
Em sua palestra, Joésio reforçou a relevância do setor florestal para a economia brasileira, que está entre os 5 primeiros nas exportações do país que em 2018 atingiram US$ 239,3 MM. “Entre as oportunidades do setor está o excelente potencial de ampliar as áreas reflorestadas aliado ao desenvolvimento científico-tecnológico em silvicultura e a capacidade da base industrial de absorver a produção de madeira. Assim como a alta capacidade de gestão; o aumento das exportações; e os investimentos havidos e previstos como forma de utilizar o potencial florestal do Brasil. A agregação de valor à madeira e o fortalecimento das parcerias, investidor institucional, produtor e fomento são essenciais também ao negócio florestal”, destacou Joésio Siqueira.
Para finalizar, o vice presidente da STCP, levantou a questão: “A base plantada atual será suficiente para atender a expansão da demanda por madeira em tora nos próximos anos? “ Joésio ressalta que para tal, o investidor deve considerar: Inteligência de mercado; Planejamento; Expansão da base florestal alinhada ao mercado; Manutenção e Ganho de produtividade florestal; Parcerias entre produtores/investidores; e acima de tudo, ações em bases Sustentáveis.
Fontes: ACR/UDESC-CAV (2019), SEDAM-RO (2018), ABAF (2019), IBÁ (2017), ABIMCI (2019), IBGE (2019), Ministério da Economia (2019), compilado por STCP (2019).